Mas, quem sabe um dia os defeitos dele, completem os meus?

 “Você tem razão. Ele é um idiota, ele não presta, ele é um traste, uma má influência e não vale à pena gostar dele. Mas falando sério, eu não me importo. Infelizmente ou não, eu vou ter que correr esse risco. Esses defeitos são extremamente apaixonantes, e meu dedo podre para escolher amores, sempre aponta para ele. É impossível, eu não consigo controlar meu coração. Eu não consigo controlar essa vontade desse pecado que ele é. Futuramente isso me trará grades machucados, grandes feridas, grandes hematomas, mas quem liga? Eu já me acostumei com todas essas coisas sofridas relacionas ao amor. Pode me chamar de masoquista, eu deixo. Porque quado eu estou perto dele, é exatamente isso que eu sou. Fraca, não penso nas minhas atitudes. Ele é uma espécie de droga, que ao entrar em contato com o meu corpo, me deixa mole, sem raciocinar direito. A única coisa que vem à minha mente é ele. Aquela boca, aquela voz, aquele cabelo que ah… Aquele cabelo. Enfim. Eu sou dele, mesmo que ele não seja meu. Já tentei mergulhar em tanta relação legal, que hoje em dia estou afim de correr riscos. Perigo. Ele é como pular de bungee-jumping; Dá um frio na barriga, mas é bom. Extremamente bom. Ele sempre tropeça nas palavras, atropela suas frases, faz promessas e cumpre apenas pelada metade. Ele demonstra e no dia seguinte ele se fecha. Ele é confuso. Eu também sou. Ele me ganha tão fácil, mesmo que eu negue, mesmo que eu não queira, mesmo que eu me afaste. Traste. Ele é apaixonante, irritante, bobo, safado, idiota, ele parece uma criança irritante e mimada que pede para brincar toda hora e faz questão de selecionar brinquedo por brinquedo. E ai? Eu confesso, eu concordo, ele tem milhares de defeitos. Mas, quem sabe um dia os defeitos dele, completem os meus?” 

Rubyanne do Carmo