Parafraseando: Gonçalves Dias - Poeta Romântico

Estou estudando Romantismo em Literatura nessa unidade, e com certeza não é meu assunto preferido (haha), mas até que dá pra assistir uma boa aula. 
Então, hoje no Parafraseando eu vou falar sobre um escritor do Romantismo, de nome Gonçalves Dias.



Biografia


Antônio Gonçalves Dias - nasceu em 10 de agosto de 1823 em Caxias e morreu em 3 de novembro de 1864 no Maranhão, vítima de um naufrágio no navio Ville Bologna - foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e dramaturgo brasileiro. Suas obras podem ser encaixadas no Romantismo.
Filho de uma união não oficializada entre um português e uma mestiça - de negros e índios. Estudou por um ano com o professor José Joaquim de Abreu,  quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que faleceu em 1837.
Iniciou estudos de latim, francês e filosofia quando foi matriculado em uma escola particular. Depois foi estudar na Europa, onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,  voltou para o Brasil, após bacharelar-se. Mas antes de voltar, em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho.
Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspirou-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
Em 1846 conheceu e se apaixonou por  Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela.
 Em 1852 Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento, mas a família dela, por conta dele ser mestiço, recusou o pedido. No mesmo ano voltou ao Rio de Janeiro, e casou-se com Olímpia da Costa. 
Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou mais quatro anos na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.
Em 1862 voltou à Europa para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou.



Suas Obras Primas
  • Canção do Exílio - em Primeiros Cantos
  • "Ainda uma vez – Adeus” - em Cantos
  • Sextilhas de Frei Antão - em Segundos Cantos
  • Seus Olhos 
  • Os Timbiras
  • I-Juca-Pirama - em Últimos Cantos
















Palavras de Machado de Assis para Gonçalves Dias: 
De Machado de Assis
"Depois de escrita a revista, chegou a notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a ideia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele. (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 9 de novembro de 1894.)



Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 

De Primeiros cantos - 1847

6 comentários:

  1. Uau.. novo poetas para o meu saber... adorei o poema dele! Também estou estudando poemas nesta unidade... não meu assunto preferido também Amanda! (HAHA).... :D


    http://acessopermitidoblog.blogspot.com.br/

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  2. Canção do exílio é um marco né? Quem nao conhece! Muito bacana o trabalho dele. ai ai acho que as aulas de literatura valerama pena rsrs
    http://desconstruindoaspalavras.blogspot.com.br/

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  3. muito bom saber sobre esse poeta *O*

    http://garotoonerd.blogspot.com.br

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  4. Oi meu amor, sei que você disse que não tinha conseguido achar ainda como separar as postagens mas como eu acabei achando decidi te mandar o link. É uma postagem/tutorial do blog Adolenário.
    http://adolenario.blogspot.com.br/2012/02/postagens-separadas.html

    Beijo

    www.asdozebadaladas.blogspot.com

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  5. Não sei que fonte é, baixei um pacote de 422 fontes ai fica ruim para procurar!
    Mas se vc quiser baixar esse pacote, no meu blog tem!
    http://luan-ontheworld.blogspot.com.br/

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  6. Boom...ainda não estudo literatura, mas acho bem interessante estudar...Adorei o poema dele! --Bejãão

    www.magic--teens.blogspot.com

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